Rev. Pe. Regimaldo O.P.
Abril, 2018
Abril, 2018
Os males do áudio visual no mundo
moderno - Rev. Pe. Regimaldo O.P.
Cada vez mais homens de ciência que não são
católicos se inclinam sobre esta questão, estudam as consequências do
audiovisual sobre a nossa natureza. Como a matéria é muito extensa, não poderei
provar cientificamente tudo o que vou dizer. Os livros e referências estão em
francês. Para quem sabe francês, o padre Riout fez um resumo da questão.
Mesmo que eu não possa provar nesta conferência
tudo o que vou dizer, procurarei dar as bases filosóficas, que mostram que o
audiovisual tal como ele é utilizado hoje destrói a nossa natureza.
Durante a conferência nós veremos os males sob dois
aspectos: do ponto de vista natural e do ponto de vista sobrenatural. Por ter
dado esta conferência mais vezes para jovens, eu desenvolvi mais a parte
natural, pois é importante durante a adolescência mostrar que não é uma
imposição gratuita de Deus que nos impede de utilizar o recurso. Também é bom
conhecer os argumentos naturais quando se vai falar com quem não é católico.
Mas é claro que o aspecto sobrenatural é de longe o mais importante. A rigor,
uma pessoa com grande força de vontade poderia usar estes meios sem
consequências más para ela, mas penso poder afirmar que esta pessoa nunca
chegaria à santidade.
Os princípios de filosofia: lógica e a psicologia.
Na lógica teremos as três operações do espírito.
[D. Tomás: Quando se fala em psicologia, não é o
que se pensa quando se ouve esta palavra. A psicologia é o estudo da alma, da
vontade, da inteligência.]
Primeiro temos a simples apreensão, depois o juízo,
e, por fim, o raciocínio. Por que é importante abordar este assunto? Porque o
audiovisual é sempre utilizado para manobrar as massas, para embrutecer o povo.
E nós vamos entender melhor isto fazendo esta análise das três operações do
espírito. Na primeira operação do espirito é que se vai fornecer o conceito,
que às vezes se traduz também como ideia – mas o termo conceito é melhor.
Como é que um conceito chega à nossa inteligência?
Isto é estudado em psicologia. Tem um princípio filosófico que diz: nada chega
à nossa inteligência que não tenha passado primeiro pelos sentidos. Um bebê,
quando começa sua vida, o que ele faz? Ele mexe em tudo. Ele pega os objetos e
coloca na boca. Ele toca em tudo, ele escuta tudo, ele olha para tudo, e ele
coloca coisas na boca. Ou seja, com os sentidos ele percebe a realidade. Nós
temos cinco sentidos externos: a audição, a visão, o olfato, o paladar e o
tato. Temos também os sentidos internos. Os sinais externos nos darão os
sinais. Os sentidos internos vão receber estas informações e vão elaborar pouco
a pouco um conceito. Então, pelos sentidos nós chegamos a ter os primeiros
conceitos. Quando uma criança nasce, ela não tem nada na cabeça. Deus nos fez
de maneira que através do contato com a realidade os sentidos vão formar
conceitos reais sobre a realidade.
Cinco princípios que estão na base de tudo o que
conhecemos: se uma criança não tivesse nenhum dos sentidos, ela permaneceria
uma idiota, sem capacidade de pensar por toda a sua vida. Eis um exemplo. A mãe
leva o seu filho para uma sala e ele vê uma mesa de madeira retangular. Ele
pergunta à mãe o que é aquilo, e a mãe diz que é uma mesa. Ele vai à cozinha e
vê uma mesa de plástico branca e redonda. Ele pergunta o que é, e a mãe
responde que é uma mesa. Ele vai para fora e vê uma mesa vermelha com três pés;
e pergunta a mãe o que é, e a mãe responde que é uma mesa. Se ele entrar numa
outra sala onde há uma mesa preta e oval, ele mesmo vai dizer que é uma mesa.
Ele compreendeu isto vendo várias mesas diferentes. Apesar de uma ser branca, a
outra ser vermelha, e a outra ser preta, de terem três ou quatro pés, de serem
de madeira ou de plástico ou de ferro, ele entendeu o conceito de mesa. Ele
mesmo julga a quarta mesa e diz “isto é uma mesa”, ele uniu os conceitos e
emitiu um juízo.
A partir do julgamento ele vai colocar juízos um
após o outro, e vai chegar a um raciocínio. Por exemplo: a madeira é dura, esta
mesa é de madeira, então esta mesa é dura. A base do raciocínio deve ser
verdadeira, deve partir de juízos verdadeiros. E para que o conceito seja
verdadeiro, é necessário que seja idêntico à realidade.
E uma das coisas mais graves do mundo informático,
como veremos, é que ele nos separa da realidade. Ele fabrica outra realidade,
põe-nos em outro mundo. Quanto mais a pessoa for jovem, maior a catástrofe. A
pessoa que já tem o seu juízo formado, que já tem experiência, pode olhar o
virtual sabendo que é virtual, que não é a realidade; mas uma criança ainda não
está formada, pode misturar as duas coisas, e temos exemplos disso: um caso
real de uma criança de três anos que diz para a mãe: “veja, vou fazer como o
Batman”, e pula pela janela, e morre. Quanto mais cedo ela começa [a ter
contato com o mundo virtual], mais ela fica separada da realidade, e mais fácil
será tragada pelos inimigos da nossa alma.
A constituição da alma: a primeira faculdade, a
mais importante, é a inteligência, que pode ser comparada a um farol, porque
ilumina. Em seguida, a vontade, que pode ser comparada a um motor. Mas há um
primado, uma precedência da inteligência sobre a vontade; por exemplo, se você
diz a uma pessoa “vá”, ela vai perguntar “para onde?”; enquanto ela não sabe
para onde vai, ela não pode-se mover. Então a inteligência deve iluminar a
vontade para que ela possa ser colocada em movimento. A vida espiritual é
extremamente importante. Alguém que não faz leitura espiritual e não faz oração
não tem nada que oferecer à sua própria vontade. Um sermão de vinte minutos por
semana não é suficiente para um católico viver no mundo atual. Na Idade Média
poderia bastar – os sermões, porém, eram de uma hora –, mas no mundo moderno é
impossível, é necessário ler e fazer oração.
Onze paixões
As paixões são
boas em si mesmas. Nosso Senhor teve-as todas. Ele usou sua paixão de cólera contra os mercadores do templo, usou sua
paixão de ódio contra o pecado. Em si elas são boas, mas depois do pecado
original elas se revoltaram contra a inteligência. Podem ser divididas em duas
categorias: concupscíveis e irascíveis. As concupscíveis nos farão ir para o
bem, e as irascíveis ajuda-nos a superarmos o obstáculo que nos impediria de
irmos ao bem. Vamos agora seguir, mas voltaremos a isto ao falarmos dos filmes
e da música moderna.
Ao que parece, nosso cérebro é dividido em duas
partes, direita e esquerda, e chegou-se a determinar que parte é solicitada em
relação à atividade que estamos desempenhando. Uma parte é destinada às coisas
de natureza mais animal, e a outra é mais reservada às coisas superiores da
alma. Segundo a solicitação de uma ou de outra, o resultado terá consequências.
A música moderna às vezes chega ao extremo de
separar conexões entre lado direito e lado esquerdo. Em um caso extremo, mas
real, durante um show, que conjuga música muito forte, conjuntos de luzes,
incitação ao ódio e à violência, um homem matou outro. Foi preso, e no dia
seguinte não se lembrava de absolutamente nada. Um homem de ciência, que
analisou seu caso, disse que durante um lapso de tempo a conexão entre dois
lados do cérebro tinha sido totalmente suprimida, [com] a parte animal, que
tomou a frente na ação, ele matou, mas sem estar consciente do que fazia. Casos
extremos podem chegar a isso. Veremos que mesmo o uso moderado é nocivo.
O universo da informática
O primeiro perigo do virtual é que nos separa da
realidade. O virtual inclui informática, os filmes, e, de um certo ponto de
vista, a música. Ele vai nos separar do real e introduzir-nos em outro
mundo. O mundo virtual adquire outro tipo de poder, e nós repelimos os limites
de nossa natureza, vamos além do que a natureza permite. Eis o exemplo do
videogame, que é mais especifico: você pode-se tornar imperador de Roma, pode
virar um mago, tudo o que você quiser. Nós fazemos coisas que não terão
punição, que não terão consequência. Podemos exercer um ódio de matar alguém
sem nenhuma consequência em teoria que não seja pecado. Pensamos que é sem
consequência, mas tem uma consequência no cérebro. A consequência estará
relacionada à frequência com que a pessoa faz aquilo. Separar o real vai
empobrecer a inteligência, sobretudo nas crianças.
No livro 1984 [George Orwell] o governo faz com que
o vocabulário seja a cada ano reduzido, a missão de um grupo é diminuir o
número de palavras, e é exatamente o que está acontecendo. Na França, os
corretores de provas já têm uma lista de palavras que eles não podem corrigir;
o aluno pode errar ou não, pois o nível está caindo, e eles não podem contar
tais palavras como erros. Outro ministro da educação suprimiu o estudo de latim
e de grego na França, isso nos corta das nossas raízes. Cortar-nos de nossas
raízes e colocar-nos no mundo virtual é algo que nos deixa à mercê das
influências [más]. Quanto mais você deixa seus filhos diante da televisão, do
videogame, do celular, de tudo isso, você estará preparando marionetes que
serão conduzidas para onde você não gostaria que eles fossem conduzidos.
Quanto mais cedo você colocar um celular na mão de seu filho, mais
depressa você colocará uma coleira em seu pescoço, com a qual outros o levarão para
onde você não gostaria que o levassem.
Consequência no nível espiritual: Nosso Senhor
ama-nos e quer-nos fazer progredir na vida espiritual. Uma coisa impensável
quando refletimos sobre o assunto: nós somos feitos para uma felicidade que
ultrapassa nossa natureza: a visão beatífica, a visão face a face com Deus, que
ultrapassa nossa natureza, pois ela é sobrenatural. Para fazer com que ela
chegue a isso, ele é obrigado a purificar nossa natureza. Teremos que
mortificar nosso corpo; não há verdadeira vida católica sem mortificação. Nossa
inteligência e nossa vontade também serão purificadas, não só o corpo, mas
também as faculdades espirituais.
Há três conversões, como chama o padre
Garrigou-Lagrange: três idades da vida espiritual. Como na vida natural, ela
começa como uma criança nos braços da mãe, depois se torna adolescente e,
finalmente, um adulto. Nossa natureza faz isso sozinha. Ora, na vida espiritual
podemos muito bem falhar numa dessas etapas. Se não somos generosos, matamos o
santo que poderíamos ter sido.
E aí está o principal perigo do virtual. Porque a
purificação do corpo é fácil de certa maneira. É mais difícil para nós
modernos, mas é relativamente fácil. Mas para purificar a vontade e a
inteligência, purificar a vontade própria e o juízo próprio, Deus intervém na
nossa vida. Como se tratam das faculdades superiores da alma há frequentemente
provações terríveis. E há duas escolhas, dois caminhos: deixarmo-nos purificar
ou então cairmos nas consolações sensíveis, procurarmos estas consolações. A
gente deixa Deus fazer-nos passar para a etapa seguinte.
Esse maldito virtual é uma excelente consolação
sensível: com um clique você tem um filme, você tem as mais belas imagens que
você quer, imagens puras também, você tem a música. No meio da provação, em vez
de cair de joelhos e pedir a Deus por Sua graça, para que Nosso Senhor faça-nos
avançar, é muito fácil precipitar-se na consolação sensível com o [mundo]
virtual. Uma bela ilustração é a agonia de Nosso Senhor no Getsêmani. Ele
agoniza, Ele reza, e quando chega a hora Ele mesmo se adianta e vai à sua
Paixão. Os apóstolos dormem e fogem quando chegam os romanos.
Em noventa e nove por cento dos casos nós fugimos
para a consolação sensível, como a virtual. Um dos principais males do virtual
é que vai impedir progresso da santidade. Vai nos separar do real, o primeiro
mal. Segundo mal: vai destruir nossa vida interior. Terceiro mal: somos nós que
mandamos nesse mundo virtual. Com os progressos da ciência podemos fazer
praticamente tudo no mundo virtual. Com a internet cremos saber tudo sobre tudo
a todo momento. Esse domínio sobre as coisas nos dá a vertigem, a impressão de
sermos criadores.
Uma criança que nasce no campo, o filho de
camponês, que vê a colheita, vê o que é plantado, que cresce em função das
chuvas e das estações, se você disser a ela que Deus não existe, ela vai rir na
sua cara. Uma criança que nasce num apartamento, que vive cercada de cimento,
que pode tudo conseguir com uma moeda, que vive num ambiente todo criado pelo
homem, se você lhe disser que descende do orangotango ou de outra coisa, ela
acredita.
Esse virtual é uma arma terrível para o ateísmo.
Ele aumenta terrivelmente nosso orgulho. Torna-se insubmisso, você faz o
computador dizer o que você quer, você o domina. E um pai de família sabe muito
bem que a gente não faz o que quer, o computador dá essa impressão de que a
gente pode fazer o que quer. Isso favorece o egoísmo. Não há esforço.
Há egoísmo também da parte dos pais, que colocam a
criança em frente à televisão para ficarem tranquilos; é a babá eletrônica.
Agindo assim os pais manifestam o egoísmo e deixam a criança ser destruída.
É um perigo enorme para a sociedade e para chegar ao Céu nem se fala.
Vamos ver agora o computador, o celular, o tablet,
o Iphone e cia. O computador exerce uma certa hipnose sobre nós. Tem coisas que
a ciência vai mostrando, como, por exemplo, que a luz que vem da tela estraga
os olhos. Além desse aspecto mais físico, há também um fenômeno de hipnose, que
vai ser maior ou menor segundo a força moral que está diante da tela.
Cuidado, caros pais! Se vocês têm esta força moral,
seus filhos não a têm necessariamente. Não pensem que é sem perigo para seus
filhos porque é sem perigo para os senhores. Mas para saber se realmente não há
nenhuma dependência do computador, pergunte à sua esposa se ela não acha que
você passa tempo demais diante do computador. A resposta em geral é conhecida,
é categórica. Chegou ao ponto de um homem morrer diante do seu computador, no
Japão, pois ficou diante da tela por três dias sem comer e sem beber – um caso
extremo. Se se observar seu filho ou outra criança, ou outra pessoa, diante do
computador, veja como fica em posição de hipnose, de certa maneira, e cada vez
mais.
Houve uma criança que teve de fazer exame de
sangue, e examinarem seu grau de angústia e de estresse. Se a criança está
sozinha, esse grau é máximo. Mas quando estava nos joelhos da sua mãe, ele
diminuía. Mas se ela está vendo o computador, pode tirar o sangue que quiser.
Há uma atração da tela que obriga a uma reação, que obriga a um ato de vontade
para separar-se.
Consequências dramáticas para a vida espiritual:
mata a vida de oração. Falo como padre, como religiosos: se estou na cela lendo
um livro e anotando, se toca o sino, parar não é um problema; mas se estou em
frente a um computador, se toca o sino é um problema. A gente pensa: “farei
mais tarde”. Pergunto: quem, estando diante do computador, já fez cinco
ou seis invocações jaculatórias ou uma comunhão espiritual?
Se você está lendo um livro espiritual, isso é a
coisa mais fácil que tem. Há um erro moderno que consiste em ler no computador.
Nós não podemos estudar diante do computador. Às vezes temos a impressão de uma
grande ciência que vai copiar e colar. Mas se você estiver na rua e não estiver
com seu computador no bolso, na hora de discutir, não sai nada. Porém, se você
pegou um livro, tentou resumi-lo, fazer o esquema do livro, entrar no plano do
livro, aí é outra coisa. O virtual, o celular, vai matar a reflexão e a vida
interior, gera uma precipitação que impede a reflexão.
O computador, mais do que os filmes, dá essa a
impressão que você domina, que é um dominador. No jogo do videogame há certas
regras, mas se alguém é muito craque em informática, ele tem essa impressão
realmente de dominar, de fazer o que ele quer. Vai também separar, retirar o
homem da sua casa, da sua família. Estou-me dirigindo aos pais de família,
especialmente: ele vai chegar do trabalho e vai-se plantar diante de seu
computador. É algo desejado pela maçonaria.
Já no século XIX eles queriam retirar o pai de
família da sua família. Não tinha o computador, mas tinha o bar. Ele [o
computador] impede ao pai de família de cumprir o seu papel dentro da família.
Os homens são mais vulneráveis neste ponto do que as mulheres. Então tem de
usar o computador com precaução. Se a gente se crê forte, um bom teste é marcar
durante um mês o tempo que a gente passou cada dia diante do computador e, no
final do mês, fazer as adições, e ver se foi um uso ordenado ou desordenado.
Celular
Nos novos celulares você tem tudo: internet,
filmes, videogames, GPS, fotos. É tudo numa pequena máquina, torna-se uma coisa
inevitável, inseparável, e isso é algo com que desejam aprisionar-nos. Os
filmes e os computadores grandes põem uma certa limitação, mas o celular não
tem nenhuma limitação, e a gente vai ver cada vez mais razões para acessá-lo;
por exemplo: para ver a hora, redes sociais, e-mails. Sem parar você mexe no
celular.
Calcule o número de vezes que o jovem hoje olha o
seu celular. A média na França é por volta de trezentas vezes, não estou
seguro, mas é por aí. Com certeza é mais de cem vezes [por dia]. E cada vez
mais os jovens tem dificuldade em concentrar-se para escutar o que se está
dizendo a eles. Isso mata a concentração, mata a inteligência. Os filmes geraram
consequências cinquenta anos depois do início dos filmes; mas do celular, que
não é muito antigo, já se vê as consequências nas escolas da Tradição. Os
alunos estão cada vez mais com dificuldade de prestar atenção nas aulas, não
conseguem falar vinte minutos sobre o mesmo assunto. Eles passam de um assunto
para outro e para outro e para outro; não tem conexão entre um e outro. Isto é
a [consequência] da internet. E isso tem consequências na inteligência. A
conversão das pessoas torna-se extremamente difícil, porque se elas não prestam
atenção não vão se converter. Por causa dessa separação do real, elas têm na
cabeça o que a mídia botou na cabeça delas. São ações que são difíceis de
tratar. Por exemplo, se você vai falar sobre a evolução, a respeito da Inquisição,
para convencê-los será necessário um tempo grande, no mínimo uma hora... no
mínimo. Elas não são capazes de manter-se por muito tempo no mesmo assunto.
Você começa a falar da questão da evolução, elas começam a escutar, e daqui a
pouco já passam para a questão da Inquisição. Você começa a explicar sobre a
Inquisição, e elas passam para as Cruzadas, e quando você começa a explicar
sobre as Cruzadas, elas começam a falar sobre o último modelo da Ford.
[O negócio é] não ser escravo do celular, usar o
menos possível. Alguns exemplos: um bilhete {de transporte público] na França
agora só se compra pelo celular. Então cada vez mais as pessoas compram as
coisas pela internet, e assim ficam dependentes da internet. Habituam-se a
utilizar esse utensílio para montar uma mesa, por exemplo. A gente vai entrar
na internet para ver o modelo e vai se tornando cada vez mais dependente do
celular. Um livro é mais lento, mas você vai
assimilar melhor. A gente vai se divertir brincando com granadas? Claro que não, porque se
explodirem a gente morre. Se a gente está na guerra, vai usar uma granada, mas
com muita prudência. O celular é pior do que uma granada. Devemos utilizá-lo
prestando muita atenção. Tem que ter essa coragem de controlar-se para ver se a
gente não está usando cada vez mais. Há bons exemplos: a gente não precisa
consultar a todo momento o celular para saber se alguém mandou uma mensagem; se
a gente tem uma caixa postal, a gente vai ver se tem mensagem uma vez por dia,
e a mesma coisa deve ser também para as mensagens, os e-mails. Se é uma
profissão que exige esse utensílio, então é diferente, porque é um caso de
necessidade. Se nós não temos um caso de necessidade, então devemos consultar
uma vez por dia, num horário que nós mesmos determinamos, porque aí nós somos
os mestres, nós é que dominamos. Se cada vez que [o celular] vibra a gente
olha, a gente não é mais o mestre. Embrutece as pessoas, é realmente perigoso.
Videogames
Eles criam um vício, uma dependência. Há
crianças que não podem ficar sem videogame. Isso vai influenciar o
comportamento. Em setembro de 2017, alguém bateu na porta de um senhor fiel do
convento. Ele abriu a porta e viu um rapaz, que parecia normal, e que disse que
estava perdido. Ele disse que tudo bem, que o conduziria até sua casa. Então o
rapaz aproveitou que o senhor deu meia-volta para pegar uma faca, e tentou
matá-lo. O senhor do convento recebeu sete golpes de facadas, e o rapaz então
atacou a esposa. O senhor, apesar de ser de idade, defendeu-se, pois era
professor de ginástica, e o rapaz acabou fugindo. A polícia prendeu, e os
psicólogos não compreendem, pois ele não tem nenhuma nevrose.
Era um rapaz que não tinha passado no vestibular
depois de duas tentativas, e ele passou os dois meses anteriores a este fato
jogando oito horas de videogame por dia; jogos extremamente violentos. O
videogame tem um impacto sobre o comportamento. No nível criminal os jogos são
cada vez mais violentos. Há jogos em que o objetivo é matar o mais possível, em
que há escolhas de armas.
Perdoem-me dar estas precisões, porque isso é
horrível: uma arma que podemos usar nesse jogo é a motosserra. Num desses jogos
você vai cortar os outros com a motosserra, tem jogos em que você pode
torturar. É uma evidência, todo mundo sabe, que a violência só faz crescer. Na
hora não tem impacto, mas vai ter impacto sobre a mente, e um dia terá sobre os
atos externos.
Há o problema da violência e o problema da
impureza: nesses jogos você pode ser chefe de uma gangue em Nova York que vai
utilizar prostitutas. E uma coisa mais grave ainda é a magia. Há jogos onde há
poderes mágicos que você pode utilizar. Isso habitua a criança a fazer uso de
forças paranormais onde ela encontra um problema.
Eis um exemplo: no tempo em que minha irmã estava
na universidade, ela cruzava pelo corredor com outra menina que não era uma
moça ruim, mas tinha perdido duas vezes um concurso, e no terceiro ano ela
tinha tanto medo de não passar, que foi consultar pessoas espíritas. E ela teve
essa ideia certamente em razão de a mídia tê-la colocado em sua cabeça. Se ela
não tivesse visto filmes e jogos que recorrem a esse meio, de modo nenhum ela
teria recorrido a ele.
Em muitos videogames você pode jogar um feitiço. Li
um artigo que falava de um número impressionante de donos de empresas que
recorrem à magia para [beneficio] de sua própria empresa. O progresso imenso do
satanismo no mundo é devido, sobretudo, aos filmes e aos videogames. Ele leva
alguns a terem uma dupla vida e a tornarem-se esquizofrênicos. Eis um caso
real: um homem queria divorciar-se, porque no jogo de videogame o nome do jogo
era vida dupla. Ele procurava contatos com uma mulher virtual, e preferiu
divorciar-se de sua própria esposa. Ele ficou esquizofrênico, enlouqueceu.
Internet
A internet é um enorme problema para a questão da
pureza. Vinte e cinco por cento dos acessos à internet são para impureza, e
isso cria uma dependência. Quando ultrapassa certo limite a pessoa não consegue
mais sair, a não ser através da medicina. Cuidado com seus adolescentes, não
sejam ingênuos. Somente um menino em vinte consegue atravessar a adolescência
sem entrar neste ritmo. Caras mães, não deixem o celular à disposição. A
criança pode pegar para dar um clique e matar sua alma. E os pais serão os
responsáveis.
A internet não é o mais importante. O inimigo faz o
que pode para bloquear a informação. Quando ele vê que a informação está-se
espalhando, ele faz uma saturação de informações, que nos leva à desinformação,
que impede a verdadeira informação – é o que acontece na internet. Hoje em dia
todo mundo pode saber o que um padre da Fraternidade disse hoje de manhã sobre
o Papa Francisco, mas cada vez menos pessoas fazem uma reunião de estudos como
a que vimos ontem aqui. Todos sabem as últimas fofocas sobre a FSSPX, mas para
a formação teologal ou doutrinal não tem mais ninguém, e é isso o que o Inimigo
quer.
Gustavo Corção destruiu mais inimigos da igreja do
que inumeráveis católicos que [acham que] sabem de tudo, mas não têm informação
nem querem ter. A internet não é um meio de informação, é perda de tempo. Duas
colunas: uma, a internet, e a outra, o livro: o tempo com o livro devia ser
quatro vezes maior do que o tempo com a internet. [A internet] mata a
inteligência, porque com dois toques você pensa saber tudo sobre tudo.
Um exemplo: uma professora de escola foi à
internet, criou uma palavra e uma explicação desta palavra. No dia seguinte ela
chegou à sala de aula e mandou os alunos fazerem uma redação sobre esta
palavra. Ela pega o que essas crianças escreveram, corrige e devolve aos
alunos. Então ela diz sorrindo: “só há um inteligente entre vocês: é o que me
devolveu o papel em branco. Todos foram à internet para ver esta palavra que
não existe, que eu inventei”. O único que não foi ver na internet foi procurar
na biblioteca um bom dicionário, e viu que essa palavra não existe. Para usar a
internet é necessário já ter uma formação que permita fazer a triagem das
informações da internet. Se você já leu todos os livros do Gustavo Corção, aí
você pode consultar [risos].
[A internet] mata a verdadeira busca científica, no
sentido da verdade, separa-nos da verdadeira ciência. A verdadeira ciência
encontra-se em dois lugares: nos antigos e nas bibliotecas. Antigamente se
dizia que quando um homem, um veterano, morria, uma biblioteca se extinguia;
via-se esse respeito do jovem para com o avô, com as pessoas de idade; ele ia
para junto delas para aprender. Hoje se vê cada vez menos isso, os jovens vão
procurar aprender na internet. Isso é querido para matar o respeito pelos
antigos.
Filmes
É algo menos esmagador, mas do ponto de vista dos
efeitos é tão ruim quanto os outros. O filme também nos retira da realidade
para transportar-nos ao virtual. Vai destruir a simples apreensão, a primeira
operação do espírito, ao ponto de cientistas que não são católicos terem
lançado um grito de alarma há alguns meses porque cada vez mais crianças de
menos de três anos de idade são postas diante da televisão e não utilizam mais
os sentidos, e têm suas inteligências esmagadas, mortas.
Na televisão, no filme, nós somos extremamente
passivos. Vai também matar o juízo, que é a segunda operação do espirito. Vai
trazer informações, a inteligência vai então trabalhar, vai extrair um
conceito, e se há informação em demasia, o chamado sentido interno, o senso
comum, não vai trabalhar direito, não vai dar resultado. É o que se passa nos
filmes.
Nos filmes há uma sequência de imagens que é maior
do que um homem pode naturalmente receber. Nos filmes de antigamente havia
menos imagens, mas atualmente [porque há muitas imagens] os cientistas dizem
que faz mal. Destrói nossa natureza, não se dirige à nossa inteligência,
dirige-se à nossa paixão, à sensibilidade e à emoção. A música e a imagem são
destinadas a excitar o concupscível e o irascível segundo o tipo de filme que
você vê. As paixões que devido ao pecado original já estão em revolta em
relação à vontade, a gente já tem dificuldade em dominar, imagine a dificuldade
de um adolescente que tem todo dia o seu irascível e o seu concupscível excitados
ao extremo. Imagine isso aos dois ou três anos de idade. Se ele tiver a graça
de converter-se o combate será titânico, porque as paixões ficarão
superexcitadas, e a vontade não terá condições – o combate é quase impossível.
A graça de Deus: a graça está enxertada na natureza; se a graça chega numa
vontade que está mole, fraca e quase inexistente, ela não fará grande coisa; é
como as águas na pena de um marreco que nunca fica molhado.
O grande problema dos filmes e da música moderna é
superexcitar as paixões, enfraquecer a vontade e matar a inteligência. Então
temos diante de nós pessoas degeneradas, pois sua natureza foi degenerada.
Monsenhor Williamson insiste, com razão, muito sobre isso. Antes de uma
conversão sobrenatural, é necessária uma conversão natural. Quando ele era
diretor do seminário ele criou um ano de humanidades para que os rapazes
tivessem durante um ano, mesmo antes de começar o seminário propriamente dito,
boa música, boa leitura, para reestruturarem a parte natural que está destruída.
Enfraquecer a vontade, superexcitar as paixões, a
fuga do real e do esforço. Para o pai de família que chega cansado do seu
trabalho, é claro que é mais fácil sentar na poltrona e ligar a televisão e ver
um filme do que ocupar-se dos seus filhos [e ter] mais trabalho. Enquanto não
purificarmos nossa vontade e nossa inteligência nós teremos a tendência de
lançar-nos nas consolações sensíveis da internet e dos filmes. O filme vai
matar a oração. Por exemplo, o filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson: se você
for fazer oração sobre a Paixão, se você fizer uma via sacra, vão passar
imagens do filme do Mel Gibson, vai passar um filme na sua cabeça. Você está
tocando a emoção e a sensibilidade, que é justamente aquilo que Deus quer
purificar em nós. Esse filme talvez seja bom para quem não é católico, mas para
um católico tradicional vai impedir de progredir em sua vida espiritual; ele
ficará uma criança, um anão por toda a sua vida.
O filme se dirige à nossa sensibilidade, à nossa
imaginação. Quando nos unimos a Deus é pelas faculdades superiores, a
inteligência e a vontade, não é pela sensibilidade. O filme dirige-nos à
sensibilidade, o filme mantém-nos fora da oração, a oração não entra onde
deveria entrar.
E outro perigo é o das imagens subliminares: quando
há mais imagens do que a inteligência pode registrar. Eles farão passar uma
imagem no meio do filme que não tem nada que ver com o filme, que mostra um
suicídio, que mostra o que eles quiserem. Há a questão da pureza. “Eu vi, mas
eu passei” [diz a pessoa em relação ao filme], mas se passou é porque viu
alguma coisa, se não tivesse coisa impura não teria passado, e isso vai ficar
gravado na imaginação. É como um selo de ferro que marca a pele. Mesmo que ele
passe, o que tinha de errado ficou gravado, e isso vai atrapalhá-lo.
O demônio tem certo poder sobre a nossa imaginação,
para formar imagens. Imagine um rapaz que às onze horas da noite vai dormir, o
quanto o demônio pode trabalhar com o que já está impresso. Como ele irá
manter-se casto e puro? Isto acontece porque os pais não foram bastante
vigilantes em relação aos filmes. Atualmente, os pais não têm como controlar um
filme, saber se ele tem imagens ruins no meio, pois há imagens que não vemos,
mas que o cérebro registra. Tem a dependência gerada pelas séries. Conheço um
rapaz que não consegue abandonar um seriado. Conheço um rapaz que tinha feito
uma escola muito boa para entrar na escola militar e ele não passou porque
ficava vendo série, não conseguia estudar.
Ainda há um perigo que não é o menor em relação aos
filmes: é o mundo da fantasia. Vou citar alguns filmes que não são perigosos do
ponto de vista da pureza, mas sim por causa da fantasia e dos poderes ocultos:
Star Wars, O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia, Matrix, Piratas do
Caribe. O principal perigo é com relação aos jovens, especialmente os
adolescentes: o adolescente está em choque com as dificuldades da vida, e ele
começa a ver que há obstáculos à sua vontade. Quando a criança ainda está no
colo da mãe, ela não tem muito desejo, mas o adolescente vai ser mais
confrontado com as dificuldades da vida, e, como na maior parte dos casos
atualmente, ele foge para o mundo virtual, para não enfrentar as dificuldades.
Ele vai ter como herói, como modelo, por exemplo, o Neo de Matrix, ou os Cavaleiros
Jedi. São pessoas apresentadas como boas, mas [...] utilizam poderes acima dos
poderes normais. Gandalf é um mago. Eles têm poderes sobre-humanos, há um
panteísmo: os Jedi fazem apelo à Força, isso é panteísmo. [Quanto às séries,
com temas ruins, para adultos: Os adultos de hoje são os jovens que já viveram
isso na sua juventude.]
Música
A música moderna como instrumento de destruição foi
querida pela maçonaria. Você encontra isso na famosa escola de Frankfurt. É a
revolução através da cultura, o princípio da escola de Frankfurt; é continuar a
revolução, não como Fidel Castro, matando, mas através da cultura.
Cientistas fizeram estudos sobre os efeitos da
música sobre nós. Colocaram plantas em quatro lugares diferentes. Num lugar,
uma planta e um alto-falante com música moderna [rock]; em outro, uma planta e
música clássica; outra, em silêncio, e a quarta com canto gregoriano. Com a que
estava no silêncio e a que estava com a música clássica, nada de especial. A
que estava com o rock morreu, e a que estava com o gregoriano floresceu.
A música de Mozart e Bach ajuda a concentração e o
trabalho intelectual. Fazer os seus filhos escutarem a boa música ajuda o
desenvolvimento de sua inteligência. Um mestre de orquestra um dia escutou uma
melodia e disse “eu conheço esta melodia”, e ele se deu conta de que tinha
escutado uma só vez esta melodia quando ele nem havia nascido ainda. Uma mãe
que está esperando uma criança e que passa o tempo todo escutando música
moderna está fazendo mal ao seu filho. Ela deve evitar ao máximo escutar a
música moderna, e escutar, sim, a boa música. Aproveitem o que há de bom na
internet, e escutem a boa música.
Para entender a música é preciso saber que nela há
três componentes, numa ordem: harmonia, ritmo e melodia. A harmonia e o ritmo
estão lá para a melodia. Se inverter a ordem, se colocar o ritmo ou a harmonia
em primeiro lugar, você põe desordem na música, e esta música desordenada vai
desordenar a pessoa. Isso pode ir muito longe.
Alguns oficiais nazistas escutaram Wagner para ir
ao combate sabendo que iriam morrer. Mesmo na música clássica tem que saber escolher.
Monsenhor Williamson mostra muito bem o que há de bom em Beethoven. Na música
clássica, os que colocam mais ordem no intelecto são Mozart e Bach... Isto sem
falar do Gregoriano. Mozart dizia “eu daria toda a minha obra em troca de poder
ter sido o autor do Prefácio” [da Missa]. A harmonia age no concupscível, e o
ritmo sobre o irascível, na influência do ritmo cardíaco, no cérebro, nas
conexões do cérebro. A música tem impacto sobre nosso corpo, sobre o ritmo
cardíaco, o cérebro e a psique. Estamos falando somente da música, sem falar
das letras que são frequentemente blasfematórias, cada vez mais. E ainda tem a
questão das mensagens subliminares também na música. Um médico fez um trabalho
sobre mensagens subliminares [que mostrou] que mesmo quando é uma língua
estrangeira, tem efeito sobre a pessoa. Um grande argumento dos jovens é “está
em inglês e eu não entendo o que se está dizendo”, mas o subconsciente pega
alguma coisa, isso é provado cientificamente.
O que fazer, como reagir?
Distinguir o necessário do que
não o é.
Falar com o diretor espiritual.
É quase impossível não ter computador em casa.
Deixe o computador num lugar de passagem, onde todo mundo passe pela casa. Que
ninguém se creia suficientemente forte para ficar num lugar fechado. É uma
ordem do Monsenhor Lefebvre para os pais: não tenha nenhum computador no
quarto, especialmente se é adolescente.
Pode-se colocar um computador sem acesso à internet
com, por exemplo, músicas salvas num pendrive. Pais, não sejam ingênuos. Um pai
tem a conexão no escritório, e ele acha que está tranquilo, mas o jovem
encontrou outro lugar no porão onde se conectar.
Use senhas: pois você pode estar ausente e o seu
filho ter acesso à internet. Use uma senha bem difícil, pois neste assunto os
jovens são bem inteligentes.
Pode-se colocar filtros que bloqueiem imagens nas
páginas da web.
Busque saber por onde seu filho navegou na
internet.
Acompanhe seu filho no computador, fique junto
dele. Você não estará perdendo tempo, estará salvando seu filho.
Fixe um tempo para seu filho ficar no computador.
[regule o tempo, não deixe por muitas horas]. Pelos melhores pretextos passa-se
um tempo enorme no computador.
Não ir para a internet sem rezar antes.
É bom ter uma imagem piedosa perto, um crucifixo,
uma medalhinha...
Quanto a filmes [vídeos]: o menos possível e o mais
tarde possível [mais tarde quanto à idade]. Que os pais vejam o filme antes
para que possam controlar e saber o que se vai mostrar ao filho. É um mal menor
[o filme], mas se a criança interessar-se por um esporte, pelo xadrez, por
instrumentos musicais, pode ser que nem se interesse pelos vídeos.
Música moderna, nunca. NUNCA. [Música moderna é
quando o ritmo sobrepuja a melodia]. Pela minha experiência, a música tem um
impacto maior do que o filme. Uma coisa ótima é aprender a tocar um instrumento
musical...
...Marchas militares são feitas para a luta, para a
guerra, não é para ouvir todo dia...
...Na maior parte do tempo a razão não domina a
paixão, e dificilmente se consegue raciocinar com isso [música moderna].
Ninguém passa do rock ao gregoriano de uma vez só. Que a pessoa [viciada] em
rock vá subindo de um rock pesado para um mais leve, para uma música de filme,
para uma música popular, depois para as óperas, até chegar ao Clássico, Mozart.
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Notas:
*Aqui no Brasil nem precisamos
tanto da mídia para difundir o espiritismo (kardecismo, espiritualismo,
umbanda...), este é praticamente uma praga onipresente em nossa sociedade há décadas.